Aproximação da catástrofe faz cidades buscarem isolamento

A impressão, na segunda quinzena de março, era a de o novo coronavírus passaria longe de Mato Grosso.
O Estado registrava 2 casos, todos eles de pacientes que vieram da Itália ou dos Estados Unidos, com uma suspeita, no entanto, de contaminação em São Paulo onde já havia a transmissão comunitária do vírus, ou seja, uma condição em que não se pode saber quem transmitiu a contaminação.
E a partir daí os casos não pararam mais de subir até o registro da primeira morte e das subsequentes que acabaram por mostrar que era indispensável uma ação de governo para evitar o pior.
Assim começou o primeiro decreto de medidas restritivas que teve ampla adesão da sociedade até que esta começou a perceber sinais trocados emanados pela própria presidência da República do Brasil com uma fraquejada do governador Mauro Mendes que editou um segundo decreto menos restritivo do que o primeiro e transferindo responsabilidades para as Prefeituras.
Outro mau sinal para a sociedade.
Prefeituras, Câmaras e outros agentes políticos são mais facilmente pressionáveis pela comunidade que representam até porque este ano ainda pode ser chamado de ano eleitoral e a suspensão ou supressão de alguma atividade econômica tem reflexos nas urnas.
A mistura de política e saúde revelou-se explosiva.
As cidades passaram a desrespeitar o isolamento social e muitas, como não registravam casos, pois, não havia a difusão de testes em larga escala como ainda não existem.
Ainda assim o novo coronavírus se impôs e os resultados dos exames encaminhados ao Laboratório Central – Lacen – começaram a demonstrar a chegada dos vírus a pequenas cidades do interior e a mais de 1.000 quilômetros da capital.
Hoje a transmissão se acentua. De 10 novos casos por dia no início da semana passada chegou-se a 40 casos por dia e ainda há quem sinalize para uma abertura total sem maiores reflexões.
Essa poderá se transformar em uma tragédia anunciada embora alguns municípios tenham já se manifestado em favor do isolamento.
Isso é a algo que as populações locais precisa aferir e conferir já que são vidas em risco.
EVITE AGLOMERAÇÕES. LAVE AS MÃOS COM FREQUÊNCIA.
PROTEJA-SE!