Comitê da Bacia Hidrográfica do Araguaia analisa água do córrego Capim Branco por suspeita de contaminação

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Araguaia esteve reunido, no início do mês, com a presença dos membros integrantes, na cidade de Torixoréu, a 569 quilômetros de Cuiabá, para realizar uma visita técnica pelo curso do córrego Capim Branco, nos Bairros Progresso e União e na estação de tratamento de águas do município para coletar as amostras para análise.
A ação resultou de denúncia feita pelo Ministério Público Federal de Barra do Garças junto O Comitê da Bacia Hidrográfica do Araguaia aproveitou a primeira reunião de 2020 à SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente – apontando o escoamento de esgoto doméstico para o córrego.
Como o município não dispõe de sistema para tratamento de esgoto, a denúncia foi constatada no próprio local, o que impõe à Prefeitura Municipal de Torixoréu a apresentar um plano de ação para corrigir as irregularidades considerando que não há sequer projeto para uma estação de tratamento de esgoto.
Na realidade que se constata em Torixoréu reflete o que acontece nas demais cidades de Mato Grosso onde não existe qualquer preocupação das autoridades em conter o lançamento de esgoto em águas que, mais à frente, serão utilizadas para Estações de Captação e Tratamento de Água, tornando mais caros ou até mesmo ineficazes os processos normais de fornecimento de água tratada ao restante da população.
As análises efetuadas pelo laboratório do Instituto Federal de Mato Grosso em Barra do Garças constatou a contaminação das águas por coliformes e outras bactérias contaminantes acima dos níveis de tolerância gerando, de forma imediata, um passivo ambiental que precisa ser planejado e corrigido pois afeta uma população de 4.071 habitantes, segundo o último censo do IBGE e, ainda, leva a contaminação que afeta o município, com contaminantes agregados ao longo do trajeto até o curso d’água que é o coletor das águas residuais, o próprio Rio Araguaia.
A água utilizada para o consumo humano, animal ou para a irrigação de hortas pode conduzir a quadros de “diarreias moderadas a severas, colite chegando ao nível da colite hemorrágica grave, síndrome hemolítica urêmica, infecções urinárias e outras afecções.
E o que se constatou é que do jeito que está não é possível ficar até pelas possibilidades de propagação da Covid 19 que terá complicações por outras doenças pré-existentes.
E vale a regra de usar filtro, ferver a água e exigir que as autoridades públicas do município mantenham um rigoroso processo de controle de qualidade da água servida à população.
E, por fim, nestes tempos de Covid 19,