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Buscas no Google sobre transtorno mental têm recorde durante pandemia

Publicado por Redação em 23/12/2020 às 13:47

 
 
Dados inéditos fornecidos pelo Google apontam que termos relacionados a transtornos mentais tiveram alta de 98% nas buscas em 2020. A pergunta "como lidar com a ansiedade", bateu recorde de interesse da última década. Em relação a 2019, o crescimento foi de 33%.

Entre as três perguntas mais buscadas com a expressão "como lidar", duas estão relacionadas a ansiedade e depressão. Bateu recorde também o interesse dos brasileiros pelo questionamento do que é felicidade. Em junho, a pergunta teve o maior volume de buscas dos últimos oito anos. 

De acordo com especialistas, o comportamento na internet reafirma o que estudos no Brasil e no exterior já observam: medo, solidão e incertezas trazidas pela pandemia e o isolamento levam uma alta de transtornos mentais.

“O medo de contrair a doença ou de transmiti-la para familiares do grupo de risco gera ansiedade. A diminuição do contato presencial e dos vínculos, impactos econômicos, sobretudo para os que já tinham menos recursos, e a exposição excessiva a notícias sobre coronavírus aumentam o sofrimento mental”, diz Ives Cavalcante Passos, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Desde abril, ele coordena pesquisa sobre os impactos da pandemia na saúde mental. Mais de 8 mil pessoas estão sendo acompanhadas por questionários online. O objetivo, diz ele, é testar hipóteses, como “observar se esse período está associado ao aumento de ideação suicida e de uso de álcool e drogas”.

Com base nos boletins da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), responsável por autorizar estudos com humanos, mostra que já foram aprovadas 97 pesquisas para investigar os efeitos psíquicos da pandemia.

Algumas buscam medir o aumento de doenças como depressão e ansiedade; outras querem medir o impacto psicológico em grupos específicos, como profissionais da saúde, crianças e adolescentes, idosos e gestantes. Alguns também investigam quais fatores podem reduzir o risco de um transtorno mental neste período.

Algumas respostas já foram encontradas. Um estudo feito pela Universide Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) verificou que profissionais com mais dificuldade financeira e os que não podem trabalhar de casa têm mais prevalência.

Idosos também têm maior risco. A Unicamp inicia neste mês uma pesquisa com 136 pessoas maiores de 60 anos para verificar o papel da rede de apoio na redução do risco de depressão e ansiedade. Paralelamente, alunos e docentes fazes, desde maio, um projeto de escuta, por ligações semanais, com idosos que já integravam um projeto da instituição.

O Google vêm aprimorando algoritmos e feito parcerias com especialistas para dar informações de qualidade e confiáveis sobre saúde. "A idéia é priorizar fontes oficiais, autoridades no tema".

Fonte: Estadão Conteúdo

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