Depois de três quedas consecutivas, o percentual de famílias brasileiras endividadas voltou a crescer no último mês de dezembro. A pesquisa leva em consideração compromissos assumidos com cheque pré datado, cartão de crédito, carnê de loja, prestação de carro e seguro.
O percentual de famílias que relataram ter dívidas alcançou 66,3% em dezembro, contra 66% em novembro. No comparativo anual, o indicador registrou aumento de 0,7 ponto percentual.
Apesar da alta do endividamento, a CNC destacou que o percentual ficou "abaixo da média do endividamento em 2020 (66,5% do total de famílias)".
A parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permanecerão inadimplentes teve nova retração, passando de 11,5% para 11,2%. Em dezembro de 2019, o indicador havia alcançado 10%.
Segundo a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, com o fim do auxílio emergencial em janeiro as famílias de menor renda precisam adotar maior rigor na organização dos orçamentos domésticos.
De acordo com a pesquisa, o cartão de crédito continua sendo o maior vilão das famílias brasileiras, seguido pelos carnês e financiamento de veículos.
A pesquisa mostra também que:
proporção das famílias que se declararam muito endividadas caiu para 14%, enquanto a fatia das que se reportam pouco endividadas aumentou para 28,2% em dezembro
parcela média da renda comprometida com dívidas alcançou 30,2%
entre endividados, 21,9% afirmaram ter mais da metade da renda mensal comprometida com esses compromissos
tempo médio de atraso na quitação das dívidas aumentou para 63,6 dias em dezembro
As famílias com renda de até dez salários mínimos tiveram queda do endividamento pelo terceiro mês seguido, mas continuam acima da média, com 67,5%. Para as famílias com renda maior que 10 salários mínimos, o endividamento se manteve estável em 59,3%.
A confederação avalia que os indicadores recentes apontam para uma recuperação da economia mais robusta do que as estimativas indicavam, o que impacta, inclusive, em pressões inflacionárias. Ainda assim, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, alerta a proporção de endividados no país é elevada e sublinha a necessidade de ampliar o acesso a recursos com custos mais baixos, possibilitando o alongamento de prazos de pagamento.
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