Universidade pública cria capacete com ventilação não invasiva

A Universidade Federal da Paraíba, sediada em João Pessoa, através de pesquisadores do Laboratório de Fabricação Digital (FabLab), desenvolveu um capacete com ventilação não invasiva para pacientes em estado grave por Covid 19. Uma das vantagens do capacete é evitar a transmissão do vírus.
Os pesquisadores aplicados no projeto invocam a alta capacidade de disseminação do vírus SARS COV 2, que provoca a doença, sendo, por isso, desaconselhada a ventilação não invasiva de alto fluxo que expõe os profissionais de saúde ao contágio.
Como na própria respiração se formam os aerossóis capazes de fazer a propagação, foi desenvolvida uma alternativa de tratamento clínico para a Covid 19, com este novo tipo de capacete, diante da escassez de aparelhos de ventilação no mercado.
O uso do capacete evita intubações orotraqueais precoces, ou seja, o procedimento em que o paciente é sedado e os instrumentos para a ventilação insertos na traqueia, um procedimento invasivo e que expõe a equipe médica a contaminação.
Com a utilização do capacete, as possíveis complicações geradas pela ventilação mecânica invasiva podem ser reduzidas. De acordo com os pesquisadores, uma das principais causas de infecção hospitalar é a pneumonia associada à ventilação mecânica.
Outra vantagem é que, devido à recomendação de utilização em pacientes que estejam lúcidos e acordados, o aparelho não precisa ser utilizado em leitos de UTI, que têm pouca oferta no país.
O capacete também reduz a contaminação do hospital devido ao confinamento do paciente no equipamento durante um período que pode durar até 15 dias.
O protótipo está pronto e a Universidade espera que a iniciativa privada se movimente para começar a produção mediante adaptação em linhas de montagem.
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