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Após ganhar prêmio internacional, brasileira terá seu nome em asteroide

Publicado por Foto: Reprodução em 27/05/2019 às 11:25

Juliana Davoglio Estradioto, com apenas 18 anos de idade, possui um currículo fantástico. Nascida em Osório, região litorânea do Rio Grande do Sul, ela acumula 11 prêmios científicos, entre nacionais e internacionais. Além de 30 menções e votos de congratulações. Juliana já participou de eventos científicos nos Estados Unidos e foi a primeira brasileira selecionada para companhar uma cerimônia do Prêmio Nobel.

Desde a mais tenra idade, Juliana já demonstrava o quanto amava a ciência. Quando menina, ela adorava subir em árvores e observar os insetos nelas. E desde então, Juliana deu seguimento a seus instintos de cientista e vem dando muito orgulho para nossa nação.

A ciência na infância

"A criança já é cientista, pois investiga tudo. Qual o primeiro instinto dela? Colocar tudo na boca. O sistema educacional e os adultos que vão cortando a ciência das crianças. É uma pena", disse Juliana em entrevista à revista Galileu.

O primeiro contato que a jovem teve com os laboratórios foi em 2015, ao cursar o ensino médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). Lá, Juliana se formou no curso técnico em administração. Ela ainda chegou a participar de um exercício sobre a agricultura da região, conhecido pela grande produção de maracujás.



"Nessas visitas, percebi que os resíduos gerados não tinham destinação correta", declarou. Assim, nascia um projeto destinado a combater o problema. Juliana desenvolveu um filme plástico biodegradável (FPB) para substituir embalagens plásticas das mudas de plantas. O material era feito das cascas do maracujá e, em aproximadamente 20 dias, ele se decompunha na natureza.

Com esse projeto, a gaúcha foi reconhecida com o primeiro lugar na premiação Jovem Cientista 2018, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na categoria Ensino Médio. "Foi indescritível. Não é fácil fazer pesquisa, ainda mais quando tu estás no ensino médio e não tem nenhum recurso destinado para isso. Precisa de muito esforço e dedicação. O reconhecimento mostra que valeu a pena e que estou no caminho certo", desabafou.

O reconhecimento



A menina foi escolhida pela segunda vez  para representar o Brasil na International Science and Engineering Fair (Intel Isef) 2019, feira internacional de ciências e engenharia para jovens cientistas pré-universitários, em Phoenix, nos Estados Unidos. Com seu projeto envolvendo o aproveitamento de resíduos que sobram do processo da macadâmia, a brasileira conquistou o primeiro lugar da feira.

Em seu novo projeto, Juliana aproveita o material que seria descartado para produzir um material orgânico, que se transforma em embalagens e até em curativos. O que substitui o uso de materiais similares sintéticos. "Parece mentira. Às vezes eu me belisco para ver se é verdade. É muito difícil representar o Brasil nesta feira. É mais difícil ainda vencer. São projetos legais do mundo inteiro e eu venci em primeiro na minha categoria. Olha, ainda estou sem palavras. É muito indescritível", disse ela em entrevista.

Juliana concorreu com outros 1.800 jovens pesquisadores do mundo todo, com idades entre 15 e 19 anos. Eles apresentaram projetos para uma comissão avaliadora formada por cientistas de vários países do mundo. O projeto começou a ser desenvolvido quando ela ainda cursava o ensino médio. Ao longo de uma ano, ela e sua orientadora, a professora Flávia Twardowsky, fizeram testes para verificar se a casca da noz poderia servir para algo sustentável, econômico e com relevância social.

A gaúcha levou para casa um prêmio de 3 mil dólares e ainda o privilégio de nomear um asteroide. Não sabemos ao certo qual de seus dois sobrenomes será escolhido, mas isso parece não importar muito para a menina.

Fonte: https://www.fatosdesconhecidos.com.br/apos-ganhar-premio-internacional-brasileira-tera-seu-nome-em-asteroide/

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