A guerra das vacinas: presidente descarta aquisição das vacinas a serem produzidas pelo convênio do Instituto Butantan e da Sinovac

A tecnologia que emprega vírus inativados para a produção de vacinas no Brasil já é de amplo domínio pelo Instituto Butantan.
Essa tecnologia é, em tudo, semelhante à utilizada pela empresa chinesa SINOVAC LIFE (LÁI –FE) SCIENCE (SÁI – EN – CE) que utilizam células dos rins de macacos para a multiplicação dos vírus e a sua posterior inativação por metodologia própria.
É uma técnica de fabricação antiga, empregada com sucesso em diversos tipos de vacina, inclusive a H1N1, com o Instituto paulista tendo uma indústria com grande capacidade de envase, ainda que os frascos sejam multidose.
Os estudos de fase III já foram concluídos na China e já estão em andamento no Brasil, com a previsão de que os resultados preliminares ensejem a oportunidade de uma concessão de autorização emergencial para o início da vacinação.
A proposta de aquisição de 46 milhões de doses, antes anunciada pelo Ministério da Saúde, foi derrubada pelo presidente Bolsonaro sob o pretexto de que o Brasil não pode ser cobaia de ninguém.
Óbvio que o presidente deve desconhecer, por completo, a capacidade tecnológica do próprio Instituto Butantan, a maior fábrica de produtos imunológicos da América Latina, e ignora qualquer metodologia na produção de vacinas.
E é por desconhecimento, submissão a tecnologia de outros países e por questões de natureza ideológica que vai descumprir a decisão do Ministério da Saúde e romper o contrato para a aquisição das vacinas, desprezando a possibilidade de iniciar a imunização da população brasileira a partir do mês de janeiro.
A iniciativa do presidente é um contrassenso e vai contra o seu próprio discurso de retomada da economia, pois, a população precisará continuar mantendo o distanciamento social como forma de proteção individual.
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