O Outubro Rosa é uma campanha mundial realizada anualmente no mês de outubro, que busca a conscientização das mulheres a respeito da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade. A campanha é simbolizada pelo laço cor-de-rosa.
Durante o mês de outubro, diversas instituições — tanto públicas quanto privadas — disponibilizam exames gratuitos ou com preço reduzido, a fim de encorajar as mulheres a realizar esses exames e tratar qualquer problema encontrado precocemente, visto que, nos estágios iniciais, o câncer de mama é assintomático e responde muito melhor aos tratamentos.
O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres do mundo inteiro, perdendo apenas para o câncer de pele não-melanoma (como o carcinoma basocelular). De todos os novos casos a doença a cada ano, cerca de 25% são câncer de mama.
De acordo com os dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a partir de 2018, estima-se que cerca de 59.700 novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no Brasil por ano. O número indica que a cada 100 mil mulheres, cerca de 56 desenvolvem a condição.
Os dados alarmantes posicionam a neoplasia como a segunda que mais acomete mulheres em todo o mundo. Diante da realidade, a melhor medida continua sendo a prevenção.
É isso que impulsiona o Outubro Rosa, um mês dedica à disseminação de informações sobre os direitos e a importância de olhar com atenção para a saúde da mulher.
Mais do que levantar dados, a campanha visa garantir às mulheres atendimento, assistência médica e suporte emocional, garantindo prevenção, diagnóstico e tratamento de qualidade.
Autoexame das mamas: passo a passo
Embora a mamografia seja o melhor método preventivo, o autoexame também acaba é importante, especialmente para quem não tem acesso à mamografia no momento.
O autoexame deve ser feito 1 vez ao mês, cerca de 3 a 5 dias após o primeiro dia de menstruação, pois nessa época a mama está menos inchada e dolorida, facilitando a detecção qualquer alteração.
Já nas mulheres que não menstruam mais, o exame deve ser feito em uma data fixa todo mês.
O exame deve ser feito sem blusa e sem sutiã, para que não haja interferência do tecido, preferencialmente em frente ao espelho ou deitada, buscando a presença de caroços, alterações na pele ou no bico do seio, secreções das mamas ou saliências.
Para fazer o exame, siga os passos abaixo:
Na frente do espelho
- Com os braços caídos e relaxados, observe os seios;
- Levante os braços e observe-os novamente;
- Coloque as mãos na cintura, fazendo pressão, e observe-os mais uma vez.
Essas 3 maneiras de observar os seios servem para perceber se há alterações visualmente perceptíveis, como diferenças no tamanho, forma e cor das mamas, além de inchaços, depressões na pele, saliências ou rugosidades.
Palpação
- Levante o braço esquerdo, colocando a mão para trás da cabeça;
- Com a mão direita, apalpe cuidadosamente a mama esquerda, fazendo movimentos circulares, convergentes para o mamilo, para cima e para baixo;
- Pressione o mamilo suavemente;
- Repita o processo na mama direita;
A palpação deve ser feita com os dedos das mãos juntos e esticados, com movimentos circulares e de cima para baixo em toda a mama, indo em direção às axilas. Depois, é indicado pressionar o mamilo para conferir se não sai nenhuma secreção.
Se você sentir alguma coisa diferente, confira se não há a mesma coisa na outra: às vezes os seios possuem algumas texturas que confundem, mas se estiver presente nas duas mamas, provavelmente não é nada com o que se preocupar.
Sintomas além do “caroço”
Sentir um nódulo nas mamas é o que muitas acreditam ser o único sinal do câncer de mama. Embora a doença seja geralmente assintomática nos primeiros estágios, enquanto o tumor é pequeno, a medida em que o câncer se desenvolve, vão surgindo outros sintomas. São eles:
- Alterações no formato ou no tamanho da mama;
- Pele com aspecto anormal, semelhante à casca de laranja;
- Vermelhidão, calor e dor, no caso de câncer de mama inflamatório;
- Feridas e crostas na pele do mamilo (bico do seio);
- Coceira frequente na aréola e no mamilo;
- Inversão do mamilo/mamilo afundado;
- Liberação de secreções ou sangue pelo mamilo;
- Inchaços e nódulos nas axilas.
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